sexta-feira, 23 de dezembro de 2011



Doces tormentas em mim habitam.
Contrastando com o meu constante tédio.
Procuro uma razão para estar aqui.
Mas não a encontro.
Nunca a encontrarei... Pois essa é a graça de estar aqui.
Sem nenhuma razão, continuo.
A busca nunca cessará.
Mas... As tormentas que em mim habitam,
Deixam- me a vontade para te contrariar.






Meu corpo deleita- se na dança. 
Acalmando- me... Aquecendo- me. 
Enquanto valso entre o tênue véu da desesperança. 
Ouço- te chegar. 
A galope do cavalo negro, tu não és príncipe, nem rei. 
É apenas o dono da Colina a presenciar a dança 
da Ninfa... 
Que já não aguentava mais esperar por ti. 


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011



Tombo.
Nada me impede de cair novamente.
Uma simples palavra  faria a diferença.
Agora, sinto- me presa em minhas próprias tormentas.
Cercando- me de trevas.
Fazendo- me esperar pelo que já não volta mais.
Protejo- me com a luz que ainda resta em meio a escuridão.
A mesma luz que te fez ir embora.
Manteve- me viva até o ultimo minuto.




terça-feira, 13 de dezembro de 2011



Sinto- as caindo.
Uma a uma, as lágrimas molham minha face.
Fecho os olhos e te imagino.
Abraçando- me.... Acalentando- me.
Só por um momento,
 Permito-me sentir feliz.
Anestesiada.
Em meio a este caos infeliz.
Lágrimas amargas fazem o duro percurso...
O percurso dos olhos até a face...
Transbordando.
Afogando  minha alma com o peso que agora trago.



Encaro o silêncio...
Tentando descifrar as batidas do meu frágil coração.
Suspiro.
Vagamente, procuro- te em meio a este vasto céu.
O oceano de sombras que vejo,
Fazem-me congelar.
Lentamente, suplico.
Deixando que meu corpo reaja ,
Enviando os primeiros sinais de vida.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Vazios...





É assim que nos encontramos.
Vazios de sentimentos, sensações.
Deixando- nos a mercê de nossos desejos.
Desejos sombrios, sem calor.
Corropendo nossa alma.
Tornando- nos incompreensíveis, enigmáticos.
Despertando a atenção do outro.
Nosso complemento.
Preenchendo o oco que nos persegue.
Teimando em ofuscar o verdadeiro desejo.
De entregar- se por inteira.




domingo, 4 de dezembro de 2011

 



O fogo interior me consome.
Engolindo o que é aproveitável.
Fazendo- me cair nesta vasta imensidão.
Sufocando com a fumaça dos meus erros.
Erros queimados, destruídos.
Fazendo- me esquecer do certo.
Optando pelo proibido.
Outra vez o errado.
Deixando- me ser consumida por essas sedentas chamas.
Chamas que  fazem- me brilhar quando quebro este viciante ciclo.
De decisões lastimáveis.

sábado, 3 de dezembro de 2011


Desmoronar...


Meu corpo esta corroído.
Minha alma dilacerada.
Olho em volta e encontro um abismo.
Abismo de incertezas, ilusões.
Desmoronando o que é conhecido.
Amado.
Lançando- te ao fundo sem compaixão.
Sem medo.
Esperando apenas pelo sopro.
Pela morte.
Dando adeus ao conhecido.
Deixando para traz a sombria forma que antes habitava.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011



Sinto- me cheia.
Cheia de dores, silêncios, decepções.
Sinto- me sufocada.
Sufocada pelas mentiras... As incertezas.
Incertezas essas que me fazem escolher o errado.
Rasgando- me por dentro.
Mostrando que nada será do meu jeito.
A menos que eu aprenda a me esvaziar.

sábado, 26 de novembro de 2011



Sentir.

Até que o seu corpo tenha explodido em êxtase.
Extasiado pelo medo, pela dor.
Dolorosa mania de perfeição...
Mentiras perfeitas, máscaras perfeitas.
Perfeição esta, jamais alcançada.
Sombras, sombrio beijo.
Arquejando com o fim do tempo.

Tempo perdido, idolatrado.

Olhos fechados.
Jazido assim, até o próximo encontro.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011



Obscuro...
É assim que o meu interior se encontra.
Obscuro de ilusões, feridas.
Dolorosas feridas que teimam em sangrar.
Sangrando, manchando minha carne, meus olhos...
Olhos obscurecidos pelo ódio.
Querendo ser preenchidos por algo que tenha sentido.
Sentido frio, ser cor... 
Congelando o lago de meus olhos.
Olhos esses, já obscurecidos.
Submergidos no abismo da noite.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011



Quase não posso ver o seu semblante.
A escuridão que me move
Impede a minha súbita aproximação...
Porque tem que ser assim?
Minhas asas encontram- se  caídas,
Presas a essa terra seca.
O ar não tem mais a mesma intensidade
Preciso apenas de ti.
O ar, a terra.. Podem esperar a eternidade.
Te buscarei mesmo ao longe.
E quando finalmente te encontrar... Te manterei dentro e fora de mim.